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Postado por : Ricardo quarta-feira, 12 de março de 2014



Quem sou? Por que sou? E até quando serei?
E depois de deixar de ser, o que hoje penso que sou,
O que então serei?

Acordar, trabalhar e dormir. Conseguir todo o dinheiro do mundo, mas não ter tempo para gastar. Desperdiçar uma existência inteira sem fazer nada realmente significativo. Uma faculdade e um emprego disputado não lhe dará o que você realmente necessita. Mas o que fazer, se nem você sabe pelo que seu espirito anseia? Como saberia de algo que desconhece em seu mundo?


Quando o Homem provou da árvore do conhecimento, passou a notar os outros. E carregado de certezas começou a aprisionar seus irmão na vida que arquitetou, conheceu o externo e esqueceu o interno.
Quando nascemos somos recipientes vazios feitos do mais puro ouro, a sociedade profanada pelos excessos de uma vida imunda nos preenche com seu precioso lixo, e crescemos envoltos pela sujeira que esconde nossa natureza valiosa.

Qual o coração da existência humana?
Qual o seu verdadeiro propósito?

Essa sociedade ignora dúvidas como essa e escolhe apenas existir. Povoam as mesas dos bares, dançam até que os pés estejam liquefeitos e fazem sexo de todas as formas permitidas pelas leis da física, porém jamais elevam seus olhos para o firmamento, jamais se perguntam o que existe além dele.


E aqueles que precisam de uma esperança ou de um consolo para continuar vivendo suas vidas amargas, buscam ajuda nos fragmentos da verdade alheia, formando uma massa parada no mesmo lugar, se contentando com a ponta da verdade que encontraram, parando de caminhar para viver à sombra de alguém tão perdido quanto.
Buscam nos outros o que encontrariam sozinhos em seu próprio coração. Deixam suas personalidades para trás para viver a de outros, e quando se deparam com um espelho enxergam apenas um ladrão de personalidades que matou sua própria essência. Deixam para depois tudo aquilo que iria diferenciá-los dos outros, como se o depois fosse infinito.

"Muitos foram os que desceram pelo abismo do inconsciente sem conseguir voltar.
Os manicômios são sua moradias, pois deles são o reino da insensatez.
Outros - muitos poucos, apenas os escolhidos -
seriam capazes de contar o que há por trás da loucura..."

H.P. Lovecraft
 Alguns, muito poucos, conseguiram ver sem olhar, ouvir sem escutar, sentir sem inalar, tocar sem apalpar, degustar sem provar, o verdadeiro mistério escondido por trás da matéria, do físico, nem todos foram fortes o suficiente para permanecerem sadios perante a sociedade, mas puderam se aproximar da verdadeira essência, do coração do existir.

Somos parte de uma grande força, somos ela. Energia suja para ser purificada. O astral é nosso pai, a matéria nossa mãe.
A matéria(nosso corpo) é o frasco utilizado para a retificação da energia, para que esta possa retornar a Unidade Eterna. A terra é um grande forno alquímico.
Nossa mãe tem paciência, como uma boa alquimista. Não desiste facilmente perante o fracasso, repetindo o processo com as substâncias que continuam imutáveis. 
Isso é um fluxo infinito, o grande forno precisa dos frascos para continuar operando e o astral necessita de um local de purificação da energia que suja durante a circulação.

A Terra nos Transmuta para o Astral



                                                                                                                                            



Muitas vezes, Pedro, você fala 
Sempre a se queixar da solidão 
Quem te fez com ferro, fez com fogo, 
Pedro É pena que você não sabe não 
Vai pro seu trabalho todo dia 
Sem saber se é bom ou se é ruim 
Quando quer chorar vai ao banheiro 
Pedro as coisas não são bem assim 
Toda vez que eu sinto o paraíso 
Ou me queimo torto no inferno
 Eu penso em você meu pobre amigo 
Que só usa sempre o mesmo terno 
Pedro, onde você vai eu também vou 
Mas tudo acaba onde começou 
Tente me ensinar das tuas coisas 
Que a vida é séria, e a guerra é dura 
Mas se não puder, cale essa boca, Pedro 
E deixa eu viver minha loucura
 Lembro, Pedro, aqueles velhos dias 
Quando os dois pensavam sobre o mundo 
Hoje eu te chamo de careta, Pedro 
E você me chama vagabundo 
Pedro, onde você vai eu também vou 
Mas tudo acaba onde começou 
Todos os caminhos são iguais 
O que leva à glória ou à perdição 
Há tantos caminhos tantas portas 
Mas somente um tem coração
 E eu não tenho nada a te dizer 
Mas não me critique como eu sou 
Cada um de nós é um universo, 
Pedro Onde você vai eu também vou 
Pedro, onde você vai eu também vou 
Mas tudo acaba onde começou 
É que tudo acaba onde começou 
Meu amigo Pedro

Meu Amigo Pedro - Raul Seixas




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SOBRE O AUTOR
Nome: Neo
Página: Intratesta


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