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Postado por : Ricardo sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

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Uma das histórias mais famosas e relevantes da humanidade, o mito de Caim e Abel é narrado no livro do Gênesis da bíblia católica. A história é repleta de simbolismos interessantes e pode ser uma das metáforas mais profundas relacionadas a condição humana.
  O nome Caim vem do hebraico קַיִן significando “lança” e tendo por transliteração correta “Qayin”. Pode estar associado também a “Qanah”, verbo “provocar ciúme”. Caim seria o primogênito de Adão e Eva, irmão mais velho de Abel.


Narra a historia da bíblia que Caim cresceu para se tornar um lavrador, enquanto Abel tomou o caminho do pastoreio. A cada determinado período de tempo, ambos deveriam apresentar um Holocausto* a Deus. Por alguma razão, não citada na bíblia, Deus rejeita a oferenda de Caim, constituida da melhor parte de sua safra, mas abraça a oferenda dos melhores novilhos de Abel. Enciumado com o favoritismo, o mais velho teria enganado o mais novo para segui-lo até o campo. Chegando lá, teria subjugado o mesmo com uma forma de foice primitiva, cometendo o primeiro Homicídio da Humanidade.
Após o crime, IHWH teria inquirido o primogênito sobre o paradeiro de seu irmão, o qual lhe respondeu com outra pergunta simbólica. “Ao acaso sou guardião de meu irmão?” Descoberto o assassinato, este foi exilado para as terras do leste, as terras de Nod.

*Holocausto:Oferenda onde o Sangue não é derramado no altar, mas o objeto do sacrifício é queimado, e a fumaça enviada as alturas.

 Segundo a Análise judaico-cristã deste mito, a rejeição da oferenda foi proposital. HWHI necessitava que fosse cumprida sua profecia de Morte em relação a Humanidade, e ela adentrou o Homem através de Caim.
 Mas o propósito deste texto é uma análise ocultista.  Abel seria aqui uma representação da fraqueza. Do Rebanho de Ovelhas. Caim, ao matar seu “irmão”, representaria uma metáfora da manifestação da Árvore da Morte. Tal manifestação se daria através da Morte do “ser de Barro”, representado metaforicamente por Abel,o Pastor. A oferenda de Caim não subiria aos céus com a fumaça dos Holocaustos, mas seria posta em Terra, o sangue sendo o condensador fluídico da Vontade, honrando os Deuses mais negros. Desta forma é exilado do convívio de HWHI para o “Leste”, a terra sem deus. Lá é obrigado a vagar perpetuamente, portando uma marca que não permitiria que ele próprio morresse.

Gerações mais tarde, um casal chamado Lamech e Zillah concebem dois filhos. Tubal-Caim (“Aprimorador da Arte de Caim”), um ferreiro e Naamah. Ambos podem ser vistos como primeiros epítetos de Caim e Lilith dentro da Humanidade. Naamah foi adotada pelos pagãos como uma deusa da luxúria, de forma errônea.

Tubal-Caim, em determinada narrativa, auxilia seu pai em uma caçada. Ambos acertam um Homem que possuía em sua cabeça um chifre de animal. Lameque de imediato reconheceu a descrição de seu ancestral. A punição septenária veio e as cidades fundadas por Caim foram destruídas (entre elas a cidade chamada Enoque). Lameque desculpa-se com seu Deus que adiou a punição para em 77 gerações, ao invés das 7 posteriores. E este foi o “fim” de nosso intrigante personagem.

A mitologia se estende. Criam-se lendas, sigilos, evocações, Cânticos. Mas deixarei aqui apenas uma pequena parcela de considerações sobre esta metáfora intrigante da condição humana, a qual seria de grande valor a análise por você mesmo.

Chifres nas antigas tradições eram sinal de inteligência, Sabedoria e experiência de vida. Também de força, por ser possuído por animais aos quais atribuíam-se estas qualidades. E a marca de Caim eram Chifres.

Abel foi morto com uma pequena foice de colheita,como é mencionado no Liber Falxifier (Publicado na Ixaxaar pelo TFC). Tal item representa a Morte, a transformação e é portado por todas as representações antropomórficas da Morte (ao menos em algum momento).

A ligação de Abel com a terra é inegável, bem como com o sangue.

Ao contrário do que se diz, Naamah não era uma mulher promíscua. Seu nome quer dizer “a bela”, mas referia-se aos sons de flautas que ela tocava para “agradar os deuses”. Ela era uma deusa musical… em conjunto com Tubal-Caim, que aprimorou a arte do Assassinato. O ferreiro  e o som da forja unidos.

Duas formas de expressão da chama negra na humanidade. O Caos da Guerra e do Conflito e o pacifismo da música utilizada para agradar os Deuses e Extasiar os homens.

O Sigilo da União Sagrada

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O Sigilo acima, demonstrado pela primeira vez nos tratados de Stanislas de Guaita, representa a União da qual Caim é fruto espiritual. O bode com chifres, Lúcifer-Azazel (Azal’Lucel) e Baphomet-Caim ( A Dualidade), representaria a sabedoria e iluminação. O Pentagrama Invertido, a totalidade dos 4 elementos Causais com o Espírito (Éter/Akasha) Acausal com a ponta em destaque, voltada para baixo. As letras hebraicas grafam “LVTHN” e o nome de Lúcifer-Samael e Lilith são escritos dentro do mesmo.

  Leviathan é o Abismo de escuridão que liga a Luz de Samael a Carne de Lilith, gerando assim a União perfeita. É a o túnel-serpente que conduz a União Sagrada, gerando o filho da Chama Negra, o primeiro Mago Negro e o Filho perfeito, a manifestação da chama negra dentro da causalidade.

  A fórmula geradora de “Caim” e da Chama Negra é o L.L.L. (Lúcifer-Samael, Lilith, Leviathan), cujas letras na gematria somam 480 (4+8+0 = 12 = 1+2=3 = LLL) – também o número de legiões comandadas por Lilith. Esta se faz a fórmula do subconsciente e do despertar da consciência Primal Interna, denominada no LHP como “Demônio Guardião”.   

  Este é um dos muitos caminhos de se compreender através dos mitos a inserção do Caos dentro da Anima humana, manifestado através da egrégoras judaicas e cristãs, não correspondendo ao “Ethos” Satânico, mas sendo válida como alegoria para explicar a Acausalidade e a inserção da “Chama Negra Acausal” dentro dos seres humanos. Alguns exercem esse fogo negro, outros, assim como Abel, entregam-se ao “barro”.

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Azi Dahaka 
124 y.f.

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SOBRE O AUTOR
Nome: Malachi Azi Dahaka
Página: Arauto do chaos


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